Criador do Remix OS fala sobre as vantagens do Continuum

remix-os

Imagine se cada smartphone pudesse ser transformado em um PC apenas conectando uma tela, teclado e mouse. É o que a Microsoft vem tentando com o Windows 10 e o Continuum, e é o sonho da empresa Jide Technologies, com sede em Pequim, que anunciou uma nova versão do seu software baseado em Android, o Remix OS, que viverá em smartphones Android.

O recurso é chamado de Remix Singularity e o novo sistema operacional é “Remix OS on Mobile” (ou ROM), e está programado para ser lançado no segundo semestre de 2017. Jide co-fundador David Ko, co-fundador da Jide explicou vantagens deste modelo seguido pelo Continuum da Microsoft: “Mas imagine quando você voltar ao seu escritório ou estudar, você conectar seu telefone e ele se transforma em um modo PC, assim como um laptop ou desktop.”

A grande questão é: alguém vai conseguir esta proeza de transformar um celular em um verdadeiro pc? A Canonical tentou com seu recurso de convergência no Ubuntu; Asus tentou fazê-lo com sua PadFone no Android; E (como mencionado anteriormente) a Microsoft está fazendo algo mais avançado com o Windows 10 e Continuum. Em cada caso, o produto final não conseguiu decolar nas massas (com toda a justiça, a última tentativa da Microsoft ainda está focada apenas no público corporativo). Então, por que Jide acha que o Remix Singularity será diferente?

Ko diz que a abordagem da empresa tem vantagens como o custo. Ele diz que se esses usuários escolherem um dispositivo com ROM, eles terão o benefício de um PC de graça, como e quando eles precisam. “Se o seu telefone pode substituir [o seu PC], já vai poupar muito dinheiro, e tem um grande impacto na produtividade”, diz Ko.

Um dos maiores desafios para Jide será simplesmente colocar o software nas mãos dos consumidores. A empresa está atualmente à procura de parceiros OEM para vender smartphone que suportam Remix Singularity, e tem experiência nesta área, tendo anteriormente trabalhado com empresas chinesas para vender hardware como PCs com Remix OS.

Ko acrescenta que os usuários também serão capazes de baixar ROM, mas isso pode ser pedir demais para muitos usuários, além de acarretar fragmentação. O sistema operacional Remix não vem com a Play Store pré-instalada, o que significa que para acessar o ecossistema completo de aplicativos Android, os usuários precisam instalar tudo por conta própria. Outro ponto destacado é que o Remix Os ainda é propenso a erros e erros, e ninguém gosta de um sistema operacional interrompe suas tarefas sem aviso prévio.

Com uma data de lançamento programada para a segunda metade de 2017, o Remix Singularity ainda está sendo desenvolvido. Ko termina afirmando: “A liberdade de não ter que se preocupar em carregar um laptop ou tablet é uma coisa muito poderosa”.

[youtube]KNzatcI9Fqw[/youtube]

O “Continuum” do Remix OS chegará na segunda metade de 2017, e por coincidência, justamente com o Windows 10 Redstone 3 que trará a possibilidade de rodar programas x86 em processadores ARM, em outras palavras, em um hardware de celular. Vai ser interessante ver tudo isso.

O que vocês acharam? Concordam com o ko?

Fonte: The Verge

14 comments on “Criador do Remix OS fala sobre as vantagens do Continuum

      1. Sim, a matéria deixou isso claro: “O sistema operacional Remix não vem com a Play Store pré-instalada, o que significa que para acessar o ecossistema completo de aplicativos Android, os usuários precisam instalar tudo por conta própria.”

        1. o problema é o usuario final, eu e vc entendemos q é algo realmente simples, mas 90% da população apanha pra ligar o cabo rca do dvd ( amarelo branco e vermelho)

          1. Usuário final me chama até para ligar um PC. Pra instalar um simples programa no Windows.
            Esses usuários só vão usar um Remix se o sobrinho maluquinho for lá, instalar e dizer: pode usar agora tia. Tá tudo na área de trabalho o que a tia precisa.
            Sempre foi assim até com o Windows que é algo tão simples de usar.

  1. Ou seja, nos telefones será além de só mais uma ROM como já citaram, pode não funcionar em qualquer telefone, meio que tomará o lugar que o cyanogen OS deixou.

  2. Se não me engano, acho que no remix os tem um app que redireciona pro site que baixa os apps da google. Acho que não vem nativo devido a ser proibido na China

  3. Na verdade o Remix OS tem Play Store sim, ele não vem como padrão por conta de problemas com a Google, mas dentro do próprio sistema vem um atalho para a instalação da loja mediante a aceitação de alguns termos de uso. Nada demais. Só precisa saber se eles vão manter a instalação da loja na versão mobile do sistema.

    Eu usei o Remix OS como sistema secundário do meu notebook, achei fantástico e muito prático, para um uso básico serve para a maioria dos usuários. ☺

    A melhor parte é que o Remix OS não precisa de smartphone parrudo para funcionar bem. O Remix Mini, por exemplo, é um hardware simples composto de um Snapdragon 410 e 2GB de RAM, o que para um uso doméstico convencional esta muito bom. É capaz de ter aparelhos rodando o sistema por menos de 300 dólares.

    No geral, essas “cópias” do Continuum são boas para impulsiona o mercado e para a Microsoft não dormir não ponto. Toda concorrência é boa, vejam o que a AMD fez com a Intel, depois da pré venda dos processadores Ryzen… Já forçou a queda de preços da concorrente.

    1. Interessante.
      Como você disse, para o uso básico e uma loja repleta de aplicativos para uso básico que a maioria dos usuários precisa. E dá para usar até impressora usando aplicativos da HP e Brother por exemplo? Parece que sim.
      Eu até acredito que veremos um dispositivo da MS parrudo rodando Continuum, assim, mais profissional, mas muita gente que não quer gastar muito usaria um celular mais simples usando um sistema tipo Continuum de baixo custo, mas fazendo todo trabalho de que precisa sem muitos problemas.
      Acho que tem lugar para os dois mercados.
      Só o tempo dirá.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *