Microsoft, e agora?

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Agora que o atraso de ‘Crackdown 3‘ é oficial até fevereiro de 2019, a perspectiva do Xbox One no restante de 2018 é sombria. Tampouco é motivo para que a concorrência lance foguetes, mas é verdade que a Microsoft ainda precisa provar ao mundo porque seu console é absolutamente melhor e porque deveremos usar a Microsoft Store, além da Steam.

O ‘Sea of Thieves‘ (média de 69 no Metacritc) foi duramente criticado pela falta de conteúdo, ‘Age of Empires: Definitive Edition’ (média de 69 em Metacritic) foi criticado por problemas de desempenho e IA fácil, e ‘State of Decay 2 ‘(média de 68 no Metacritic) não conseguiu esconder suas imperfeições apesar de ser um ótimo jogo. Claro que, Sea of Thieves teve vendas excelentes além dos seus acessos no Game Pass, mas notavelmente o público queria mais, a crítica queria e mais e todos nós queremos mais. E é isso que a Microsoft terá que evitar daqui por diante.

Todos estes, juntamente com ‘Crackdown 3’, seriam os grandes lançamentos da Microsoft para 2018 se tratando de jogos exclusivos para o Xbox One e Windows 10. Mas é isso? E o que vai acontecer agora? Não vamos ter mais nenhum exclusivo para o restante do ano?

A Sony já foi a rainha dos consoles na era Playstation 2, e o improvável aconteceu, a Microsoft quebrou seu monopólio na era Xbox 360 e fez a japonesa suar bastante e se sentir feliz porque conseguiu dividir a geração passada com a Microsoft. Agora, a Sony está sossegada, seu PS4 continua vendendo muito bem, ela pode ser dar ao luxo de rejeitar o EA Access e não investir em jogos como serviço – do jeito que está, está bom para ela. Mas isso vai durar até quando? A geração está próximo de acabar e como será o futuro das próximas gerações de consoles? Bem, o mundo capitalista não socorrer aos que dormem.

Do outro lado, vimos a marca Xbox sangrar durante toda esta geração, e para contornar isso, a Microsoft realizou diversas mudanças como dar a liderança dos jogos ao Phil Spencer, criar retrocompatibilidade, Xbox Game Pass (melhor coisa que já inventaram na minha opinião), Play Anywhere,  Xbox Live, sistema, ótimos preços, liberou o EA Access e muito mais. Contudo, o trabalho ainda não acabou.

No ano passado foi o ano Xbox One X, o monstro, o console mais poderoso do mundo, o supremo Project Scorpion. Se você presar atenção, a Microsoft se fortaleceu em todas as áreas citas acima, e é óbvio que agora, com a sua conferência na E3 2018, só sobrou uma foco principal: jogos, jogos e jogos. Apenas isso.

Razões para o otimismo: E3 2018

Ashen, imagem divulgação.
Ashen, imagem divulgação.

De tudo o que podemos esperar da Microsoft na E3 2018, há vários nomes que são claros: Ori and the Will of the Wisps, como continuação de um dos maiores indies da história, até ‘Age of Empires IV ‘, como o retorno ao topo de um RTS lendário.

Também não devemos nos esquecer de outros que apontam para exclusividades fortes, como ‘Ashen’, ‘Below’ ou ‘The Last Night’, e que ainda estão planejados para 2018.

Para isso, precisamos ver novos projetos, tanto na própria casa quanto dos estúdios de terceiros que apoiarão a Microsoft, como o que foi criado recentemente na Califórnia com o objetivo de criar jogos triple A; as contratações de Matt Booty e Darrell Gallagher para a Microsoft Studios; ou as recentes notícias do misterioso jogo da Bohemia Interactive, que será apresentado sob o slogan #WhatIfHumanityFalls, que cheira como um atirador apocalíptico.

Além disso, é claro, podemos ver a volta de um trio poderoso que não costuma se reunir em única conferência e que estarão seguramente disponíveis no Xbox Game Pass:  ‘Forza’, ‘Gears of War’ e ‘Halo’. Mas quais desses chegarão ainda em 2018? Isso é o  que precisamos saber.

As mil e uma armas da Microsoft

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Segundo os diversos vazamentos, a Microsoft poderá mostrar novidades para Cuphead, Perfect Dark, novo Gears of War, Forza Horizon 4 na Ásia, Halo Infinty, óculos de realidade virtual criado em parceria com a Samsung sem fio, serviço de streaming chamado “FastStart”, loja de acessórios como camisas e bonés do Xbox, novos planos para o Game Pass e Live Gold, mais conteúdo para Sea of Thieves (amém), apresentar o estúdio Santa Mônica, novo Fable, novo controle Xbox Elite, algum novo IP, alguma aquisição de estúdio, DirectX Ray Tracing, console altamente poderoso, e por aí vai.

Foram vários rumores, mas o que queremos ver é a prática. A Microsoft possui várias armas, além de que uma saúdo financeira fortíssima, tanto é que já está disputando o posto de empresa mais valiosa do mundo (recentemente passou o Google). A Microsoft nunca esteve tão forte  e está com uma equipe incrível liderada por Satya Nadella. Genialidade os caras têm, isso é fato.

Porque o poder sem jogos, não faz tanto assim

Metro Exodus
Metro Exodus

Isso nos leva a uma realidade desconfortável: a Microsoft tem o console mais potente do mercado, o Xbox One X, mas não está aproveitando a seu poder como deveria. Nós sabemos, o “X” está proporcionando uma qualidade incrível nos título de terceiros, o Far Cry 5 rodou 4k nativamente e lindamente, e esta é a regra para os jogos modernos. Contudo, o Xbox One X merece ser melhor explorado.

A Microsoft não só tem o console mais poderoso em mãos, ela possui a tecnologia Directx Raytracing, algo que trás um passo importante para o fotorealismo. Quero um jogo criado e pensado para o Xbox One X utilizando o que há de mais moderno nas técnicas. Metro Exodus usará isso, mas a Microsoft pioneira…. Ryse tem que deixar de ser modelo de gráfico bonito, nos surpreenda.

A concorrência está acirrada em qualidade de jogos: ‘The Legend of Zelda: Breath of the Wild’ o ‘God of War’. Sua vez Microsoft, sua vez.

Porque no final o que importa são os jogos, e a Microsoft precisa aumentar a quantidade de seus estúdios. De acordo com Phil Spencer, diretor executivo do Xbox, é algo em que eles estão trabalhando, mas …  quando vamos ver tudo isso em plano vapor, no próximo domingo? Cruzem os dedos.

 

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