O pesadelo da Nintendo é real, a porta da pirataria no Switch deixa a empresa de mão atadas

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O Switch da Nintendo foi hackeado para rodar o Linux em fevereiro, e agora está claro que os hackers podem ir além e rodar aplicativos e jogos no dispositivo, sem passar pela loja da Nintendo. A engenheira Katherine Temkin divulgou recentemente no GitHub uma falha que permite que o Nintendo Switch seja hackeado abrindo a porta para pirataria no console. Se fosse “só” isso seria algo “corrigível”, mas o problema é maior do que muitos imaginavam.

Ocorre que, a falha em questão está entrelaçada com o processador Nvidia Tegra X1 do Switch, o que significa que a Nintendo não pode corrigir isso por meio de atualizações de software.

Por enquanto, a brecha está sendo chamada de “Fusée Gelée” no fórum ReSwitched. Como também é possível instalar outros sistemas operacionais, emuladores de Gamecube podem ser usados. De fato, outra equipe de engenheiros (chamada de “fail0verflow“) já divulgou sua própria versão de como explorar a falha, e disponibilizou até mesmo um instalador de Linux para o Switch.

A última esperança

De acordo com o Ars Technica, a Nintendo já vendeu cerca de 14,8 milhões de unidades do Switch com tal processador, ou seja, com essa falha. Logo, é algo realmente que pode causar um buraco nas finanças da empresa até que ela lance um novo modelo sem tal bug no processador.

Entretanto, ainda existe uma última cartada para rever tal mal. O que ela pode fazer é detectar usuários que estejam abusando dessa falha quando eles se conectarem aos servidores da Nintendo. E, a partir daí, ela pode banir os usuários da rede online do Switch. Isso não seria novidade para a Nintendo, pois já fez algo parecido em 2016, quando baniu usuários do 3DS que tinham tido acesso a uma versão pirara de “Pokémon Sun & Moon”.

Implicações

Além da pirataria, da possibilidade de usar emuladores ou instalar outros sistemas operacionais. Ainda é possível fazer backup do save dos jogos, algo que a Nintendo não permite fazer nem por nuvem.

Nvidia e Nintendo ainda não se pronunciaram sobre o caso. De todo modo, quem quiser se aventurar precisará ter cuidado. Nada vai impedir que código malicioso (que captura dados, por exemplo) seja adicionado no meio de jogos piratas ou emuladores. Outro porém, o Fail0verflow alerta que, como as voltagens são controladas por software, o menor descuido pode causar danos permanentes ao console. Agora é um jogo de gato e rato, e vamos ver como a Nintendo sairá dessa.

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